Hoje comemoramos a Reforma Protestante, um movimento religioso que ocorreu na Europa no século XVI, impulsionado por motivações políticas e religiosas. O principal líder desse movimento foi Martinho Lutero, um monge alemão que, por meio de 95 teses, criticou diversas práticas da Igreja Católica e do Papa.
Martinho Lutero (1483-1546), professor da Universidade de Wittenberg, iniciou a Reforma Protestante. Como crítico, questionava várias práticas defendidas pela Igreja.
Em 1517, indignado com a venda de indulgências feita pelo dominicano João Tetzel, Lutero redigiu um documento com 95 pontos críticos à Igreja e ao Papa.
Inicialmente, as 95 teses foram afixadas na porta de uma igreja para que seus alunos as lessem e se preparassem para um debate em sala de aula. No entanto, alguns estudantes optaram por imprimi-las e desejam-las com a população, difundindo, assim, as críticas à Igreja Católica.
Em 1520, o Papa Leão X emitiu uma bula condenando Lutero e exigindo sua representação. Lutero queimou publicamente a bula, intensificando o conflito. No ano seguinte, em 1521, o imperador Carlos V convocou uma assembleia, a "Dieta de Worms", na qual o monge foi declarado aquige.
Apesar disso, Lutero encontrou apoio na parte da nobreza alemã, que simpatizava com suas ideias, e se refugiou no castelo de Wartburg. Lá, dedicou-se à tradução da Bíblia do latim para o alemão e ao desenvolvimento dos princípios da nova religião.
Isso desencadeou guerras religiosas que só foram encerradas em 1555, com a "Paz de Augsburgo". Esse acordo estabelece o princípio de que cada governante dentro do Sacro Império Romano-Germânico poderia escolher sua religião e a de seus súditos.
Agradecemos a Martinho Lutero por ter liderado o que se tornou conhecido como a Reforma Protestante, um movimento que abriu as portas para a diversidade religiosa no mundo ocidental, rompendo o monopólio da Igreja Católica.